Estação hidrometeorológica instalada no Joinville Iate Clube monitora e gera dados sobre a previsão do tempo
Para um navegador, não basta apenas conhecer bem a sua embarcação e saber as principais técnicas de vela, é necessário também saber as condições do tempo antes de zarpar, como o vento, a temperatura e a maré.
Joinville conta com três estações hidrológicas, três meteorológicas e cinco hidrometeorológicas, elas geram dados e transmitem por telemetria (via rádio) para a base da Defesa Civil, onde em tempo "quase real" esses dados são disponibilizados na web. As estações são distribuídas em alguns pontos da cidade com o objetivo de realizar estudos de dimensionamento de canais, implantar sistemas de macrodrenagem e de microdrenagem.
"Nossa cidade dispunha de apenas uma estação localizada na estação ferroviária com uma série histórica, resolveu-se implantar uma rede de estações que pudesse fornecer os dados em diversos pontos do município, já ue a chuva tem uma distribuição desigual, ou seja, podem ocorrem chuvas intensas em alguns pontos do município e em outros sequer chover", explica Dieter Klostermann, gerente de desenvolvimento e gestão e ambiental da Secretaria de Meio Ambiente.
Ele lembra que a localização das estações foi definida em função da necessidade de monitorar as principais bacias hidrográficas de Joinville: Rio Cubatão, Rio Piraí e Rio Cachoeira. Buscou-se ainda ampliar os dados coletados, incluindo sensores de temperaturas (máximas e mínimas), umidade relativa do ar, direção e intensidade dos ventos, e também medir a altura dos rios. "A escolha pela instalação de uma estação hidrometeorológica na sede do Joinville Iate Clube foi devido à localização e também à segurança no local", aborda Marcos Kielwagen, engenheiro civil da Defesa Civil de Joinville.
De acordo com a diretoria do JIC, ter uma estação hidrometeorológica em sua sede é um privilégio. Além de trazer benefícios aos navegadores, há possibilidade de colaborar com uma ação de utilidade pública para a cidade.
Conforme Dieter, a estação hidrometeorológica é a mais importante, pois entre outros dados, fornece informações sobre a maré real que entra no Rio Cachoeira. Atualmente a tábua de marés tem como base a que é fornecida pela Marinha do Brasil para o Porto de São Francisco do Sul e feita uma aproximação com os dados coletados na estação do JIC para a elaboração da tábua de marés distribuída pela Defesa Civil de Joinville. "No caso do Joinville Iate Clube, a estação ajuda diretamente os velejadores na questão dos ventos (direção atual e velocidade) e marés (altura)", salienta Klostermann.
Para a Defesa Civil, as estações são fundamentais para o acompanhamento de eventos adversos. "Com as séries históricas será possível estabelecer sistemas de alerta para as áreas de risco no caso de inundação e deslizamentos", completa Marcos. "Pode-se dizer que é realmente um serviço de utilidade pública, mas infelizmente a cultura de prevenção ainda não é muito forte no país. Geração de séries históricas requer trabalho contínuo de manutenção e atualização e já avançamos nesta questão", salienta.
Além de serem extremamente úteis para as ações da Defesa Civil, os dados hidrometeorológicos colaboram para o planejamento urbano, medidas estruturais (elaboração de projetos) ações na área da saúde, meio ambiente, educação, agricultura, indústria, esporte e lazer.
Localização das estações em Joinville: https://defesacivil.joinville.sc.gov.br/monitoramento
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